Moçambique lidera organização africana de pesquisa de cancro

Maputo, 21 nov 2025 (Lusa) – A chefe do Programa Nacional do Controlo do Cancro moçambicano, Cesaltina Lorenzoni, disse hoje que a participação na Organização Africana de Treino e Pesquisa em Cancro, que Moçambique vai liderar, serve para fortalecer o Serviço Nacional de Saúde. 

“Cria também uma visibilidade para as necessidades do nosso país, com vista a fortalecer o nosso Serviço Nacional de Saúde, nos debates internacionais, mobilizando, assim, mais recursos e alianças estratégicas”, disse Lorenzoni, após um encontro com o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, em Maputo, em alusão à eleição de Moçambique para a presidência da organização.

Moçambique foi eleito presidente da Organização Africana de Treino e Pesquisa em Cancro (AORTIC) em 05 de novembro, durante a 15.ª conferência da organização, realizada em Hammamet, na Tunísia.

Para a chefe do Programa Nacional do Controlo do Cancro, a atual posição de Moçambique na AORTIC cria condições para reforçar, também, o controlo do cancro no país, com enfoque para o diagnóstico, prevenção e cuidados. 

“Com a participação direta do nosso país na definição de prioridades continentais, cria também uma condição favorável para nós acelerarmos e reforçarmos aquilo que é o controlo do cancro no nosso país, com o impacto direto na prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos”, disse.

O mandato de Moçambique na liderança da Organização Africana de Treino e Pesquisa em Cancro é de dois anos (2025-2027) e o país torna-se o primeiro lusófono a assumir a presidência daquela organização. 

“Com esta posição, Moçambique poderá permitir atrair mais investimentos, mais cooperação técnica e, também, oportunidade de formação e desenvolver projetos de investigação para instituições nacionais”, sublinhou Lorenzoni. 

A organização foi fundada em 1982, em Seattle, nos Estados Unidos da América, e no ano seguinte instalou-se em África, no Togo, para centrar esforços no controlo do cancro no continente. 

 Ao todo, abrange todos os países africanos e conta com membros da Europa e América do Norte, formando uma rede internacional dedicada à prevenção, investigação e expansão de capacidades científicas na área oncológica.

 

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