
Lisboa, 13 nov 2025 (Lusa) — O Governo assinalou hoje que está de “portas abertas” ao diálogo para evitar a greve geral, defendendo que a paralisação prevista “não serve os interesses dos portugueses”, sem querer para já abordar a hipótese de serviços mínimos.
“Os portugueses querem que o diálogo avance, não querem que o país pare”, disse o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, na conferência de imprensa após a reunião semanal do Conselho de ministros, em que defendeu que o executivo tem feito “aproximações efetivas” às posições das centrais sindicais.
O ministro defendeu que “a procissão legislativa ainda vai no adro”, recorrendo a uma expressão já utilizada pelo Presidente da República, e, questionado se o Governo admite decretar serviços mínimos na greve geral prevista para 11 de dezembro, recusou abordar para já este tema.
“Nós não vamos escalar a linguagem num momento em que há decisões a tomar, não há sequer pré-avisos, e nós esperemos que não venham a existir”, disse.
Leitão Amaro nunca respondeu ao facto de alguns dirigentes do PSD também terem divergências quanto ao pacote laboral em discussão na concertação social — como a presidente da UGT e vice-presidente do PSD Lucinda Dâmaso ou o líder dos Trabalhadores Social-Democratas, Pedro Roque.
“Perguntaram-me a quem é que serve esta greve, eu garanto-vos a quem é que não serve: aos portugueses, que vão ficar apeados na estação de comboio, que vão ficar apeados à porta de serviços públicos, que querem trabalhar e não conseguem, que querem deixar os filhos para aprender e não conseguem”, apontou, depois de o primeiro-ministro ter dito que a paralisação serviria apenas interesses partidários de PS e PCP.
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