Tiara da imperatriz Eugénia entre peças roubadas no Louvre

Paris, 19 out 2025 (Lusa) — O roubo de hoje no Museu do Louvre, em Paris, rendeu aos assaltantes oito joias de “inestimável valor patrimonial”, incluindo a tiara da imperatriz Eugénia e dois colares, disse o governo francês.

O Ministério da Cultura francês confirmou o furto em comunicado, adiantando que um nono item, a coroa da imperatriz Eugénia de Montijo (1853-1870), mulher de Napoleão III, foi deixada para trás durante a fuga dos assaltantes e encontra-se a ser avaliado.

“Duas vitrinas de alta segurança foram alvo do assalto”, acrescentou a mesma fonte.

De acordo com a procuradora de Paris, Laure Beccuau, o grupo era composto por quatro homens com os rostos cobertos, que fugiram “em trotinetas de alta potência” após o roubo.

As autoridades estão a investigar a existência de possíveis “patrocinadores ou agentes internos” ligados ao crime.

“Tudo isto demonstra preparação”, afirmou Beccuau à estação televisiva francesa BFMTV, acrescentando que, embora não se descarte uma possível interferência estrangeira, essa “não é a hipótese preferida”.

Entre as linhas de investigação, as autoridades estão a considerar a possibilidade de o roubo ter sido encomendado por um colecionador privado ou de ter como objetivo o desmantelamento das peças para venda das pedras preciosas individualmente.

O Ministério da Cultura francês classificou o furto como “um golpe no património francês” e destacou que as joias roubadas “fazem parte da história e da identidade cultural da França”.

A polícia de Paris lançou uma operação de grande escala para identificar e capturar os assaltantes, enquanto o Louvre permanece parcialmente encerrado ao público até nova avaliação de segurança.

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