
Paris, 06 out 2025 (Lusa) – A inflação homóloga na OCDE, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), permaneceu estável em 4,1% em agosto de 2025, tendo flutuado em torno deste valor desde março, foi hoje anunciado.
Num comunicado, a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) adianta que em agosto, a inflação homóloga subiu em 15 dos 38 países da OCDE (incluindo Portugal), caiu em 13 e permaneceu estável ou amplamente estável nos 10 restantes.
A inflação homóloga dos alimentos na OCDE subiu para 5,0% em agosto, contra 4,5% em julho, atingindo o nível mais alto desde fevereiro de 2024, com subidas acentuadas registadas na Turquia, Coreia e Colômbia.
Em agosto, os níveis de preços dos alimentos na OCDE estavam 45,8% mais altos do que em dezembro de 2019, antes da pandemia de covid-19, das interrupções nas cadeias de fornecimentos e do início da guerra na Ucrânia.
Isto marca o maior aumento acumulado entre as três principais componentes da inflação — subjacente (inflação geral menos alimentos e energia), alimentos e energia.
Antes deste período, uma magnitude semelhante da subida dos preços dos alimentos levou cerca de 16 anos — de maio de 2003 até o final de 2019.
No entanto, a inflação dos preços dos alimentos variou significativamente entre os países entre dezembro de 2019 e agosto de 2025: o aumento acumulado nos preços dos alimentos durante esse período foi de apenas 6,9% na Suíça, enquanto alcançou cerca de 80% na Colômbia e na Hungria, e mais de 790% na Turquia.
A inflação homóloga da energia na OCDE também aumentou em agosto, ao atingir 0,7%, em comparação com 0,3% em julho, enquanto a inflação subjacente caiu ligeiramente para 4,3%.
Na zona do euro, a inflação homóloga, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), manteve-se estável em agosto, em 2,0% pelo terceiro mês consecutivo.
A inflação alimentar também se manteve em 3,2%, o dobro da taxa observada em janeiro de 2025, enquanto a queda nos preços da energia desacelerou.
De acordo com a estimativa preliminar do Eurostat, em setembro de 2025, a inflação geral homóloga na zona do euro subiu para 2,2%, à medida que a queda nos preços da energia desacelerou novamente, enquanto a inflação subjacente estima-se que tenha permanecido estável.
No G7, a inflação homóloga geral permaneceu amplamente estável em 2,7% em agosto.
A inflação subjacente permaneceu como o principal contribuinte para a inflação geral em todo o G7.
No G20, a inflação anual permaneceu amplamente estável em 3,7% em agosto.
A inflação caiu na China, onde foi negativa em menos 0,4% e também desceu na Argentina (ainda acima de 30%) e na África do Sul, enquanto subiu na Índia e foi amplamente estável no Brasil, Indonésia e Arábia Saudita.
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