
Lisboa, 16 set 2025 (Lusa) – Astrónomos criaram o mapa tridimensional mais preciso das regiões de formação de estrelas na Via Láctea, que permitirá estudar melhor estas áreas nebulosas e as estrelas jovens e quentes que as moldam, divulgou hoje a Agência Espacial Europeia (ESA).
O novo mapa foi criado com base em dados da sonda espacial Gaia, da ESA, já desativada, e estende-se a uma distância de 4.000 anos-luz da Terra, com o Sol no centro.
A sonda Gaia observou 44 milhões de estrelas comuns e 87 da chamada classe O, mais raras por serem jovens, massivas, extremamente brilhantes e quentes.
Com este mapa, os cientistas podem compreender melhor como as estrelas gigantes da classe O “energizam o gás” na Via Láctea e “até onde a sua influência chega”, refere a ESA em comunicado.
No futuro, o mapa irá abranger uma área maior da Via Láctea.
“Foi necessário um enorme poder computacional para gerar o mapa até ‘apenas’ 4.000 anos-luz do Sol em alta resolução. Esperamos que o mapa possa ser ainda mais expandido assim que a Gaia divulgar o seu novo conjunto de dados”, afirmou, citado pela ESA, o astrónomo Lewis McCallum, da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido, que coassina os artigos científicos que descrevem o trabalho feito.
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