Fraco acesso à internet e desigualdades dificultam ensino à distancia em Moçambique

Maputo, 16 set 2025 (Lusa) – O Governo de Moçambique aponta a dificuldade na ligação à Internet e a persistência nas desigualdades regionais como problemas que impedem a expansão do ensino à distância no país, apesar dos “progressos” alcançados na garantia da qualidade.

“Persistem ainda desigualdades regionais no acesso [ao ensino à distância], a necessidade de maior capacitação de docentes e a modernização das plataformas digitais”, afirmou o secretário de Estado da Ciência e do Ensino Superior, Edson Macuácua, durante a abertura da Reunião Africana sobre o Ensino à Distância, que decorre desde segunda-feira, em Maputo.

O governante apontou dificuldade de conectividade à Internet, limitação na atualização dos materiais, fraco domínio das tecnologias por parte de alguns estudantes, além das longas distâncias percorridas até aos centros de recursos como fatores que travam esta modalidade de ensino em Moçambique.

Apesar dos desafios, Macuácua sublinhou o papel estratégico do ensino à distância no alargamento do acesso à educação superior de qualidade em Moçambique, destacando que o número de estudantes nesta modalidade de ensino cresceu de 52.389, em 2023, para 117.683, em 2018.

Salientou ainda os “progressos na garantia da qualidade”, com a acreditação de 18 instituições e a validação de 106 cursos, com base no referencial de qualidade e no regulamento específico deste género de ensino.

Moçambique aprovou em 2023 a Estratégia da Educação à Distância 2023-2032, para responder aos desafios do subsetor e promover uma aprendizagem mais aberta, flexível, moderna e inclusiva, anunciou o setor da educação do país.

 

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