
Pequim, 13 set 2025 (Lusa) – Pequim denunciou a passagem, na sexta-feira, de um navio militar norte-americano e outro britânico pelo Estreito de Taiwan, pouco depois de anunciar que o seu porta-aviões de última geração tinha transitado pelo sensível corredor de navegação.
“A 12 de setembro, o contratorpedeiro americano Higgins e a fragata britânica Richmond atravessaram o estreito de Taiwan, semeando confusão e provocando perturbações”, declarou o coronel Shi Yi, porta-voz do exército chinês para o comando oriental.
Em resposta, o exército chinês “organizou forças navais e aéreas para acompanhar e vigiar a sua passagem”, acrescentou num comunicado.
Estas ações “comprometem a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan”, afirmou.
A China reivindica Taiwan e considera que o estreito que a separa do arquipélago, uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, faz parte do território chinês.
Na sexta-feira, a China anunciou que o seu mais recente porta-aviões, o Fujian, tinha atravessado o estreito para realizar testes. As manobras, segundo Pequim, fazem parte das provas antes da entrada oficial em serviço do Fujian, lançado à água em 2022 e que iniciou os seus testes de mar no ano passado.
Os Estados Unidos e o Reino Unido, tal como muitos outros países, consideram que o estreito, uma via navegável com cerca de 150 quilómetros de largura, faz parte das águas internacionais abertas a todos os navios.
Nos últimos anos, Pequim aumentou a pressão militar, económica e diplomática sobre Taiwan e não exclui o uso da força para assumir o controlo do país.
O exército taiwanês tem vindo a relatar uma presença crescente de navios, drones e aviões militares chineses em torno do seu território, bem como exercícios militares em grande escala.
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