Exportações caem 0,1% e importações sobem 3,9% em junho

Lisboa, 08 ago 2025 (Lusa) — As exportações de bens recuaram 0,1% em junho, em termos homólogos, enquanto as importações aumentaram 3,9%, segundo os dados divulgados hoje pelo INE.

Neste cenário, o défice da balança comercial de bens agravou-se em 337 milhões de euros face ao mesmo mês do ano anterior, atingindo os 2.348 milhões de euros em junho.

Quando excluídas as transações TTE, ou seja, com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda (sem transferência de propriedade), verifica-se que em ambos os fluxos se registaram subidas: +2,1% nas exportações e +5,1% nas importações.

Olhando para os produtos exportados em junho, destaca-se o decréscimo das transações de combustíveis e lubrificantes (-28,3%), nomeadamente para Espanha, que refletem também descidas nos preços.

Além disso, “os fornecimentos industriais também se destacaram pela variação negativa (-10,8%), maioritariamente produtos Químicos exportados para os Estados Unidos, correspondentes, sobretudo, a transações com vista a trabalho por encomenda (sem transferência de propriedade)”, nota o gabinete de estatísticas.

Em termos de países clientes de Portugal, verifica-se que as exportações para os EUA caíram 39,4%, numa altura em que se antecipava a entrada em vigor das tarifas impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.

Já nas importações, aumentaram as compras de produtos alimentares (+12,9%), maioritariamente produtos Agrícolas importados de Espanha, e de material de transporte (+9,8%), sobretudo automóveis de passageiros, segundo explica o INE.

Quanto aos países parceiros, salienta-se o acréscimo das importações provenientes de Espanha (+5,5%), enquanto, por outro lado, as importações da Irlanda afundaram 73,1%, “nomeadamente produtos químicos, correspondendo, em grande parte, a transações com vista a trabalho por encomenda”.

O INE indica também que os “primeiros resultados do 1.º semestre do ano revelam que as exportações aumentaram 3,1%, em termos homólogos (-1,4% no mesmo período de 2024)”, enquanto as importações aumentaram 6,9%.

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