
O primeiro-ministro Justin Trudeau recebeu centenas de pessoas a 7 de fevereiro para uma cimeira sobre o reforço da economia face à rápida mudança das relações do Canadá com o seu maior parceiro comercial, os Estados Unidos da América (EUA). A Cimeira das Relações Económicas entre Canadá e EUA realizou-se num momento em que a imposição de tarifas por Donald Trump foi adiada.
A cimeira foi organizada pelo recém-criado conselho consultivo do Governo sobre as relações entre o Canadá e os EUA e incluiu líderes empresariais e laborais, líderes indígenas e especialistas em políticas públicas. Entre os presentes estiveram representantes da Câmara de Comércio Canadiana, da Global Automakers of Canada, da Federação dos Municípios Canadianos e da Canadian Manufacturing and Exporters, bem como a chefe nacional da Assembleia das Primeiras Nações, Cindy Woodhouse Nepinak. Vários ministros do Governo federal também estiveram presentes.
No seu discurso inicial, Trudeau afirmou que o Canadá precisa de começar a pensar de forma tática e estratégica. Em termos táticos, os canadianos devem ser deliberados na forma como trabalham com os EUA para evitar tarifas. Mas, caso estas sejam aplicadas, o país precisa de estar preparado para responder e apoiar os canadianos.
A ameaça de tarifas e a instabilidade da administração Trump levaram líderes empresariais e laborais a pressionar o Governo federal a diversificar parceiros comerciais e a fortalecer o comércio interno. Trudeau defendeu que remover barreiras ao comércio entre províncias é essencial para a resiliência económica do país.
O líder liberal acrescentou que Trump não está a brincar quando diz que gostaria de transformar o Canadá no 51.º estado e que o seu desejo de anexar o país está ligado à importância dos minerais críticos canadianos. “Trump tem em mente que uma das formas mais fáceis de o fazer é absorver o nosso país. E isso é uma coisa real”, disse.