
Os planos de Donald Trump de impor tarifas sobre produtos canadianos levaram muitos consumidores a mudar os seus hábitos de compra. O movimento ‘Buy Canadian’ ganha força, com cada vez mais pessoas a procurar alternativas nacionais.
As tarifas deveriam entrar em vigor esta terça-feira, dia 4 de fevereiro, mas foram adiadas por 30 dias. Ainda assim, muitos canadianos mantêm o boicote a produtos americanos. Há quem tenha cancelado subscrições de plataformas de streaming e viagens aos Estados Unidos da América (EUA). Outros trocam marcas estrangeiras por canadianas no supermercado.
O conceito de ‘Buy Canadian’ nem sempre é claro. Produtos rotulados como ‘Product of Canada’ têm, pelo menos, 98% dos custos de produção dentro do país. Já os ‘Made in Canada’ precisam de ter pelo menos 51% de materiais ou processos de produção realizados no Canadá para adquirirem essa classificação. Na hora de comprar, importa verificar os rótulos e pesquisar a origem dos produtos.
A par dos consumidores, as empresas também estão a reagir. Algumas cadeias de supermercados destacam produtos nacionais com sinais especiais nas prateleiras. Plataformas online divulgam listas de marcas canadianas.
O impacto das tarifas nos preços ainda é incerto, mas especialistas alertam para possíveis aumentos, especialmente em frutas e vegetais importados dos EUA. Para muitos canadianos, comprar local não é só uma questão económica. É uma resposta política.
