
As preocupações com as tarifas do Presidente Donald Trump prejudicaram as ações dos Estados Unidos da América (EUA) a 3 de fevereiro, com os mercados financeiros mundiais a caírem devido a preocupações com uma potencial guerra comercial.
Tudo, desde a bitcoin ao peso mexicano, desvalorizou, e não apenas as ações das empresas americanas que se espera que sejam as primeiras a sentir a dor das tarifas de Trump sobre produtos importados do Canadá, México e China.
Em Wall Street, algumas das perdas mais acentuadas atingiram as grandes empresas de tecnologia e outras empresas que poderiam ser mais atingidas por taxas de juros mais altas, como bancos e indústrias.
Com todas as incertezas provocadas por Trump com imposição de tarifas ao Canadá, México e China e anúncio de possibilidade de novos impostos também para a Europa e Reino Unido, Wall Street registou uma queda generalizada dos preços, com cerca de 90% das ações do S&P 500 a desvalorizar no Canadá.
O principal índice de ações do Canadá caiu quase 600 pontos após o anúncio de Trump, no primeiro fim de semana de fevereiro, sobre a imposição de tarifas de 25% sobre os produtos canadianos e de 10% sobre a energia.
Em contrapartida, os preços do petróleo bruto subiram, sugerindo o início de uma pressão inflacionista. O preço do barril de referência nos EUA subiu 1,3%, para 73,45 dólares. O Brent, referência internacional, subiu 0,8%, para 76,29 dólares.
Brian Jacobsen, economista-chefe da Annex Wealth Management, sublinhou que este aumento dos preços do petróleo pode ser o início das consequências da guerra comercial e defendeu que as refinarias americanas não podem facilmente deixar de utilizar o crude canadiano.
Entretanto, a 3 de fevereiro, também o dólar canadiano registou a sua maior queda desde 2003. O dólar canadiano foi negociado a 68,20 cêntimos, contra 69,04 cêntimos a 31 de janeiro. Este é o valor mais baixo atingido pelo ‘loonie’ em mais de 20 anos, levando os economistas a sensibilizarem para uma possível continuação da desvalorização.
