A Assembleia Nacional do Quebec retomou esta terça-feira, dia 28 de janeiro, os trabalhos parlamentares. O tema dominante desta sessão de primavera promete ser a ameaça de tarifas de Donald Trump. François Legault alerta que a potencial guerra comercial pode custar ao Quebec 100 mil empregos.
O premier promete proteger os trabalhadores. À semelhança do seu homólogo de Ontário, sugere retaliar contra os Estados Unidos da América (EUA). Há várias ideias em cima da mesa, incluindo restringir o acesso americano a contratos públicos e pedir aos residentes do Quebec que evitem viajar para a Flórida.
O secularismo e a identidade também vão marcar o debate parlamentar. O Governo está a preparar um novo projeto de lei sobre a integração de imigrantes na província. De acordo com o Ministério da Imigração, o objetivo é promover a adesão à cultura do Quebec e reforçar valores como a igualdade de género e o secularismo. A proposta segue a abordagem de leis anteriores sobre o uso do francês e a laicidade na província.
Já a oposição promete manter o foco na soberania neste regresso ao Parlamento. O Parti Québécois, que lidera as sondagens há mais de um ano, propõe mesmo um referendo sobre a independência da província até 2030. Legault discorda e diz que a é a prioridade errada num momento de incerteza.
Já os liberais esperam revitalizar o partido com uma nova liderança, a ser escolhida em junho.