
No último fim de semana, a premier de Alberta, Danielle Smith, encontrou-se com o presidente eleito dos Estados Unidos da América (EUA, Donald Trump, no seu clube de Mar-a-Lago, na Flórida, para discutir as suas ameaças tarifárias e apelar à sua colaboração, assim como à de outros legisladores americanos.
Numa publicação nas redes sociais, Danielle Smith afirmou que os dois tiveram uma conversa “amigável e construtiva” sobre a importância da relação entre os EUA e o Canadá no domínio da energia e sobre a forma como centenas de milhares de postos de trabalho americanos são apoiados pelas exportações albertenses.
No balanço do encontro, Smith disse não ter obtido feedback de intenção de recuo de Trump na implementação de tarifas.
Smith sublinhou a importância do Canadá em preservar a independência do país, sendo o trabalho em parceria fundamental para o benefício dos canadianos e dos americanos nas gerações vindouras. Acrescentou que não é adequado para o Canadá continuar a ameaçar com o corte de exportações de petróleo e gás para o sul, sendo algo que não é viável.
Esta reunião ocorreu após as inúmeras referências retóricas de Trump de que Canadá se tornaria o 51.º estado quando assumisse o poder, sugerindo que usaria a “força económica” para que isso acontecesse, apesar dos novos movimentos para reforçar a segurança na fronteira.
As referências de Trump surgiram ainda associadas às ameaças de imposição de tarifas de 25% sobre os bens provenientes do Canadá e do México, caracterizando o défice comercial dos EUA com o Canadá como um subsídio dispensável ao seu país.
Smith afirmou que vai estar presente na tomada de posse de Trump, na segunda-feira, 20 de janeiro. Além disso, está agendada para o dia 12 de fevereiro a visita de uma delegação de premiers canadianos a Washington, com o objetivo de discutir a questão do comércio.
