Política: Ministros canadianos levam “a sério” ameaças económicas de Trump

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Donald Trump insistiu, a 7 de janeiro, nas suas ameaças de aplicação de tarifas aos produtos importados pelos Estados Unidos da América (EUA) do Canadá e do México.

Os ministros canadianos, a 8 de janeiro, afirmaram que as ameaças económicas feitas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, são “reais” e estão a ser levadas “muito a sério”, antes da reunião da bancada liberal.

A ministra do Comércio Internacional, Mary Ng, afirmou que as ameaças estão a ser recebidas com seriedade e que a resposta também será séria, sublinhando que a preocupação principal é proteger a economia canadiana e defender as empresas e os empregos do país.

A ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, que tem enfrentado questões sobre uma potencial corrida à liderança liberal, disse que o Governo está focado em defender os interesses do Canadá e que é importante que o país se mantenha forte.

Também Dominic LeBlanc, ministro das Finanças, se pronunciou, afirmando que vai concentrar-se na ameaça económica que as tarifas americanas representam para a economia canadiana e para os trabalhadores canadianos.

No entanto, até ao fecho desta peça, não foi ainda anunciado qual a resposta oficial do Canadá aos EUA, uma vez que o Governo federal não partilhou detalhes de qualquer potencial retaliação. Em vez disso, o Governo reformulou uma comissão parlamentar de relações Canadá-EUA e fez vários anúncios sobre o financiamento para responder às preocupações de Trump sobre a segurança das fronteiras.

Em meio a toda esta instabilidade na relação entre o Canadá e os EUA, e com as constantes ameaças de Donald Trump, o antigo primeiro-ministro canadiano, Stephen Harper, também se pronunciou, a 8 de janeiro, defendendo a força do Canadá enquanto país, sublinhando que deve permanecer firme.

A ideia de firmeza do país também é defendida pelos premiers canadianos. Após a reunião de premiers de 8 de janeiro, Danielle Smith, premier de Alberta, emitiu uma declaração onde afirmou que os líderes provinciais estão unidos e preparados para defender o Canadá e a continuidade de relações saudáveis entre os países.