
Lisboa, 27 out 2020 (Lusa) — O secretário-geral do PCP desafiou hoje o primeiro-ministro a dizer se quer convergir com os comunistas em matérias como valorização dos serviços públicos e teve como resposta o apelo para uma negociação do Orçamento “sem espalhafato”.
No debate, na generalidade, do Orçamento do Estado de 2021, no parlamento, Jerónimo de Sousa insistiu que a abstenção do partido, nesta fase, destina-se a permitir o debate na especialidade e enumerou uma série de matérias em que desafiou “o Governo e o PS” a dizer se aceitou “convergir”.
O líder comunista deu o exemplo, do aumento geral dos salários à valorização da proteção social, do aumento do subsídio de desemprego ao alívio da “maior fiscal”.
Na resposta, António Costa admitiu que, no debate na especialidade, nem o PS nem o Governo “vai convergir com tudo”, até porque, se isso acontecesse: “um de nós estaria na bancada errada”.
Recordou que, a exemplo do que aconteceu “ao longo dos últimos anos” em que “foi sempre possível fazer trabalho sério, sem espalhafato, para encontrar respostas”, agora antecipar que se continue a “trabalhar com a mesma seriedade e determinação” neste orçamento.
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