
Maputo, 06 mar 2020 (Lusa) – O Banco de Moçambique alertou hoje a banca comercial do risco de ataque cibernético, apelando à prevenção coletiva para evitar instabilidade no setor financeiro do país.
“Uma maior consciencialização sobre a natureza dos riscos cibernéticos, suas fontes, implicações e formas de mitigação é o primeiro passo para nos protegermos contra esses eventos”, disse Rogério Zandamela, governador do Banco de Moçambique.
O responsável falava hoje em Maputo no encontro sobre a regulação e supervisão da cibersegurança no sistema financeiro em Moçambique.
O dirigente acrescentou que a adoção da tecnologia e das competências adequadas na banca comercial é um dos meios para evitar crimes cibernéticos, cujos custos económicos são avultados para todos.
“Os custos económicos de tais eventos podem ser avultados e danificar, entre outros, a confiança dos depositantes, credores, investidores e do público em geral, na medida em que os cibercrimes podem minar a estabilidade do setor financeiro global”, disse.
O Banco de Moçambique considera que os bancos devem adotar modelos de gestão que permitam uma resposta rápida em casos de ataques cibernéticos.
A banca deverá ainda “reduzir a vulnerabilidade” a incidentes de segurança, adotando medidas de controlo específicas para o rastreamento de informação e garantia da segurança.
Zandamela considera que a cibersegurança é uma responsabilidade de todos, na medida em que as suas ameaças e riscos extravasam as fronteiras físicas e os limites geográficos, o que demanda uma resposta coletiva e coordenada.
Em 2018, o Governo moçambicano aprovou uma resolução que ratifica a convenção da União Africana sobre a Cibersegurança e proteção de dados.
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