
Lisboa, 15 mar (Lusa) – Um grupo de cientistas internacionais liderado por um português identificou a existência de circulação de vento entre o equador e os polos, em Vénus, o que contribuiu para explicar a super rotação deste planeta.
“Os nossos resultados, que são publicados hoje, mostram sem sombra de dúvidas – é complemente claro -, que existe realmente uma célula de Hadley, uma circulação meridional entre a zona equatorial e cerca de 60 graus de latitude norte, e outra célula simétrica no hemisfério sul”, em Vénus, disse hoje à agência Lusa Pedro Machado, que lidera a equipa.
O cientista do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA1) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) acrescentou que o resultado do trabalho, hoje publicado na revista científica Icarus, referência na área de estudo do Sistema Solar, aponta para a existência, “como os modelos previam (…) de somente uma célula em cada hemisfério, em vez das três que existem na Terra, por exemplo”.