
Redação, 12 nov 2025 (Lusa) — A produção mundial de vinho recuperou ligeiramente em 2025 face ao ano passado, mas segue em baixa, principalmente devido ao impacto das condições climáticas adversas, segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).
No relatório preliminar hoje divulgado, a OIV estima uma produção de entre 228 e 235 milhões de hectolitros (Mhl) em todo o Mundo, um aumento de 3% perante as historicamente pobres colheitas de 2024, mas ainda 7% a baixo na análise aos últimos cinco anos.
Portugal encontra-se na quinta posição em termos europeus e 11.ª a nível mundial, com uma produção prevista de 6,2 Mhl, menos 11% do que em 2024 e menos 12% na análise quinquenal.
Os especialistas apontaram o dedo ao seco inverno português, seguido de chuvas recordes no início da primavera, agravadas depois por sucessivas ondas de calor no último verão.
O maior produtor mundial de vinho é a Itália, com uma produção estimada de 47,4 Mhl, mais 8% face a 2024, seguida da França (35,9 Mhl, -1%), num pódio completado pela Espanha (29,4 Mhl, -6%).
Caso se confirme, o volume de produção francês de 2025 será o mais baixo daquele país, que já foi líder mundial, desde 1957 (32,5 Mhl).
Noutras paragens, Estados Unidos da América, Austrália e Argentina seguem os ‘gigantes’ europeus do setor em posições dominantes nas Américas e no hemisfério sul.
A contínua baixa na produção mundial tem sido explicada pelos peritos com as constantes e extremas mudanças das condições atmosféricas, de ondas de calor e secas, a fogos florestais e geadas precoces, mas também o excesso de pluviosidade em algumas ocasiões, na perspetiva dos produtores de vinho.
A OIV tem 51 estados-membros que produzem e consomem vinho e uvas, ou seja, 90% da superfície mundial de explorações de vinhas e 75% do consumo global de vinho.
HPG // SB
Lusa/Fim
