
Sintra, Lisboa, 06 dez 2025 (Lusa) — A Parques de Sintra venceu o prémio de “Melhor Empresa do Mundo em Conservação”, nos World Travel Awards, pelo 13.º ano consecutivo, no dia em que celebra 30 anos da classificação da Paisagem Cultural de Sintra pela UNESCO.
De acordo com a sociedade que gere os monumentos e parques de Sintra, o anúncio da distinção pelos World Travel Awards, considerados os “Óscares do turismo”, na categoria de “Melhor Empresa do Mundo em Conservação”, decorreu hoje no Bahrein, “precisamente no dia em que a Paisagem Cultural de Sintra celebra o trigésimo aniversário da elevação a Património da Humanidade pela UNESCO”.
A Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML), responsável pela gestão dos palácios nacionais da Pena, de Sintra e de Queluz, o Palácio de Monserrate, o Convento dos Capuchos e o Castelo dos Mouros, “volta a ser reconhecida pela excelência do seu trabalho e consolida o estatuto de referência internacional na sua área, no ano em que completa 25 anos de história”, considerou a empresa, em comunicado.
“Este reconhecimento internacional é motivo de orgulho, mas é também um sinal muito claro de responsabilidade acrescida. Num contexto de alterações climáticas, de forte pressão turística e de expectativas crescentes por parte de quem nos visita, este prémio lembra-nos que não podemos abrandar nem ficar satisfeitos com o caminho já percorrido”, afirmou o presidente da PSML, João Sousa Rego, citado na nota.
“Temos de continuar a investir na conservação de longo prazo, na gestão sustentável dos fluxos de visitantes e na melhoria contínua da experiência de quem nos visita e de quem aqui trabalha”, acrescentou.
O responsável destacou ainda o papel dos trabalhadores e dos parceiros institucionais no percurso da empresa, referindo que o resultado pertence, antes de mais, “a quem cuida das florestas, a quem recebe os visitantes, a quem guia, estuda, restaura, planeia, comunica e garante a operação diária” de um “território tão exigente”, bem como aos “acionistas públicos e aos parceiros”.
“Queremos que cada intervenção de restauro, cada trilho recuperado, cada melhoria na mobilidade interna ou na acessibilidade tenha um impacto concreto na vida das pessoas e na resiliência da Paisagem Cultural de Sintra”, frisou.
Para João Sousa Rego, o objetivo é “que Sintra continue a ser um lugar vivo, habitado, visitado e estudado, onde o turismo não é um fim em si mesmo, mas um instrumento para cuidar melhor do património, da paisagem e da comunidade”.
Para o futuro, o dirigente avançou que a PSML está “a preparar os próximos 25 anos, com foco na adaptação às alterações climáticas, na valorização da biodiversidade, na digitalização inteligente dos serviços e na aproximação ainda maior à comunidade local”, para que “Sintra seja uma referência mundial não apenas pela beleza do seu património, mas pela forma como o cuida, o estuda e o partilha com o mundo”.
A PSML é uma sociedade de capitais públicos criada em 2000, no seguimento da classificação pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) de parte da serra e do centro histórico de Sintra como Património Mundial.
A empresa, detentora de treze World Travel Awards para Melhor Empresa do Mundo em Conservação, que venceu consecutivamente entre 2013 e 2025, tem como acionistas a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (que representa o Estado), o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra, no distrito de Lisboa.
A Parques de Sintra não recorre ao Orçamento do Estado, assegurando a recuperação e manutenção do património que gere através das receitas de bilheteiras, lojas, cafetarias e aluguer de espaços para eventos.
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