UM MÊS APÓS O ATAQUE DE UMA CARRINHA EM TORONTO, AS “CICATRIZES SÃO MUITO PROFUNDAS”, MAS A CURA CONTINUA

FOTO: Facebook
FOTO: Facebook

A 23 de abril, 10 pessoas morreram e 16 ficaram feridas depois que um condutor ter subido um passeio com uma carrinha em Toronto.

Um mês depois, os dois locais comemorativos em homenagem às vítimas estão permanecem no local e continuam a atrair multidões.

“É incrível que um mês já se tenha passado. Acho difícil acreditar”, disse David Mousavi. “As cicatrizes são muito profundas”.

Mousavi mora num prédio atrás do maior memorial perto da Yonge Street e Finch Avenue e disse que as pessoas estão lá todos os dias e até à noite.

“Nossa esperança é que, após o dia 23, não nos esqueçamos das pessoas que perderam suas vidas. Não nos esquecemos do fato de que muitas pessoas precisam de ajuda e precisamos fazer tudo o que pudermos como comunidade para nos unirmos”, acrescentou.

As flores, cartões e fotos que adornam os dois memoriais ​​permanecerão por mais duas semanas, segundo o presidente da câmara, John Tory.

Quando esse período terminar, “esforços serão feitos para preservar parte do material criado pelos habitantes de Toronto, que agora se tornou parte da história deste triste capítulo”, acrescentou Tory.

A cidade irá também consultar o público e os vereadores sobre um plano a longo prazo para prestar tributo às vítimas. Várias pessoas feridas naquele dia ainda estão a recuperar no hospital.

Segundo o Sunnybrook Hospital, uma pessoa está em estado grave, duas pessoas estão estáveis e outras duas estão em boas condições.

Alek Minassian, o homem acusado pelo massacre está sob custódia e já foi acusado de 10 acusações de assassinato em primeiro grau e 16 por tentativa de homicídio.

A polícia acusa o jovem de 25 anos de alugar uma carrinha branca e atropelar pedestres ao longo da calçada da Yonge Street naquele dia.

Momentos antes do ataque, Minassian teria postado uma mensagem enigmática no Facebook, referindo-se a uma “rebelião incel.”

“Incel” é uma referência a um grupo de homens online que se rotularam involuntariamente de celibatários porque as mulheres não fazem sexo com eles.

O Facebook excluiu a conta de Minassian logo após o ataque, mas o post é parte da investigação policial.