Pelo menos 1300 pessoas, incluindo muitas crianças, foram ontem de madrugada mortas num ataque com armas químicas nos arredores de Damasco.
Os rebeldes responsabilizaram de imediato o regime sírio por aquele que terá sido o pior massacre desde o início do conflito no país, mas o governo de Bashar al-Assadnega a acusação.
A oposição síria divulgou vídeos que mostram dezenas de pessoas a agonizar em enfermarias improvisadas, muitas delas a espumar pela boca, com os membros paralisados e dificuldade em respirar, sintomas consistentes com os efeitos de um gás de nervos como sarin ou gás mostarda. O ataque terá ocorrido por volta das 03h00 da madrugada locais (01h00 em Lisboa), durante bombardeamentos das forças governamentais contra posições rebeldes nos arredores de Damasco.
George Sabra, um dirigente da oposição síria na Turquia, alega que o ataque terá provocado pelo menos 1300 mortos, na sua maioria civis. Mas outras fontes falam apenas em 400 ou 500 vítimas. “Não é a primeira vez que o regime de Damasco usa armas químicas, mas desta vez o objetivo foi a aniquilação e não o terror”, afirmou Sabra. O governo sírio nega o ataque e diz que as imagens foram “fabricadas” para baralhar os inspetores da ONU que estão no país para investigar a utilização de armas químicas.