SEGURO REFORÇADO PARA GERIR TABU DE COSTA

António José Seguro, líder do PS, e António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, dois dos grandes vencedores da noite eleitoral (Fotos Mário Cruz/LUSA e Sérgio Lemos)
António José Seguro, líder do PS, e António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, dois dos grandes vencedores da noite eleitoral (Fotos Mário Cruz/LUSA e Sérgio Lemos)
António José Seguro, líder do PS, e António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, dois dos grandes vencedores da noite eleitoral (Fotos Mário Cruz/LUSA e Sérgio Lemos)
António José Seguro, líder do PS, e António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, dois dos grandes vencedores da noite eleitoral (Fotos Mário Cruz/LUSA e Sérgio Lemos)

O resultado eleitoral do PS de António José Seguro e de António Costa, em Lisboa, arrumou, para já, uma questão: a liderança socialista. António José Seguro saiu reforçado e consolidou a sua candidatura a primeiro-ministro. Já António Costa, que alcançou uma maioria absoluta, obtendo o dobro dos votos do seu mais direto adversário Fernando Seara, não esclarece se cumprirá o mandato até ao fim. Dentro do partido, há quem aponte que o autarca de Lisboa seguirá as pisadas de Jorge Sampaio e, em 2016, tentará a sua sorte em Belém. Mas há quem não descarte o seu nome para a liderança do próprio partido.
“António Costa ouve as pessoas, dá algumas opiniões, recolhe outras, dá sinais, mas no final decide sempre sozinho”, confidencia ao CM um dirigente do PS que o conhece de perto. A mesma leitura fazem alguns dos seus apoiantes, mas sempre sob anonimato, porque só o autarca sabe o seu futuro. Costa, de facto, não disse se cumprirá o seu mandato de autarca até ao fim.
Seguro superou a fasquia em número de câmaras relativamente a 2009, bateu o recorde de 150 autarquias, mas teve menos votos nestas eleições face a 2009, o que pode ser explicado pela taxa recorde de abstenção 47,4%. Este foi, aliás, o único limite eleitoral definido pelo PS. E não foi cumprido, devido à abstenção e ao avanço da CDU. Mais, os socialistas perderam importantes capitais de distrito, como Braga, Beja e Évora. Valeram os pequenos municípios, conquistados, na sua maioria, ao PSD. O PS vai assumir agora a liderança das associações de municípios e de freguesias, mas o nome ainda não foi escolhido. As autárquicas acabaram por adiar as eleições na bancada do PS, mas Carlos Zorrinho diz ao CM que é “um não assunto”. Uma das hipóteses em cima da mesa, se Zorrinho decidir não se manter em funções, é o nome de Francisco Assis, que tem sido apontado também para as europeias de 25 de maio de 2014.