O Facebook foi atingido duramente esta semana. Esta rede social que saiu em 2012 e revolucionou a o mundo digital está sobre escrutínio devido às falhas das suas regras de privacidade e a propagação de fake news. Em causa estão dados pessoais de mais de 50 milhões de utilizadores do Facebook usados pela Cambridge Analytica, para tentar manipular os eleitores para as presidenciais de 2016 que elegeu Donald Trump como o 45 presidente dos Estados Unidos. A Cambridge Analytica, uma agência de comunicação política britânica que combina análise de dados para processos eleitorais, está a ser acusada de invasão de privacidade e a manipulação politica de dados dos utilizadores desta rede social.
E em menos de uma semana encontramos o presidente dos Estados Unidos envolvido novamente num escândalo. Depois de ter sido apanhado a semana passada a gabar-se de ter dado informação errada ao primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau, agora é a sua eleição que está em destaque. É certo que o Facebook não ganha eleições, mas sabemos que entre todas as populações, incluindo a população americana existem mentes extremamente influenciáveis por esta rápida disseminação de fake news nas redes sociais, o que poderá ter contribuído para a eleição de Trump. Mas o mais importante a reter é se o Facebook de Mark Zuckerberg esteve envolvido nesta invasão de privacidade e divulgação de dados terá que enfrentar as devidas consequências judiciais.
E em Portugal o Facebook também tem dado que falar esta semana. A diretora do Departamento de Investigação e Acão Penal terá levado piratas informáticos a vários processos judiciais que se encontravam em segredo de justiça. Segundo últimas informações, Fernanda Pêgo usava a mesma senha de segurança no Facebook e no seu e-mail profissional, o que facilitou o roubo de informações, inclusive no processo que o Benfica está a enfrentar neste momento, o E-Toupeira. O processo relativamente ao pedido de bilhetes por Mário Centeno, atual ministro das finanças, acabou exposto num blog.
Esta fuga de informação já levou o DIAP a tomar novas medidas de segurança. Documentos envolvendo processos mediáticos e que estão sobre o olhar do público vão passar a circular neste departamento, em papel, evitando assim a possibilidade de fuga informática.
Sim, é verdade que as redes sociais como o Facebook, Instagram ou mesmo Twitter aproximam famílias, aproximam amizades, e partilham as notícias mais recentes do nosso país e do mundo, mas sabemos que o mundo virtual representa um perigo para a nossa sociedade. Temos que compreender que nem tudo o que é publicado na Internet é verdade, e temos que evitar divulgar informação pessoal online. Aproveite esta data festiva que se aproxima para deixar as redes sociais de parte, e reúna família e amigos à mesa para celebrar a Páscoa.
Boa Páscoa a todos os leitores do Correio da Manhã Canadá, e não perca a próxima edição especial da Páscoa que será impressa já na próxima quinta-feira.