PROJETO EDUCATIVO CRIADO PELA UNIVERSIDADE DO MINHO VENCE PRIMEIRO PRÉMIO LER+

LusaLisboa, 31 out (Lusa) — Uma equipa de investigadoras da Universidade do Minho venceu hoje a primeira edição do Prémio Ler+, do Plano Nacional da Leitura, com a plataforma digital “Ainda estou a aprender”, criada para crianças com dificuldades na aprendizagem da leitura.

O Prémio Ler+, no valor de dez mil euros, foi criado pelo Plano Nacional da Leitura 2027 (PNL), com o objetivo de reconhecer o trabalho de personalidades ou entidades que melhor promovam hábitos de leitura ou produzam conhecimento na área.

Na primeira edição do prémio, hoje anunciada na conferência anual do PNL, em Lisboa, foi reconhecido o trabalho de 18 investigadoras lideradas pela doutorada Iolanda Ribeiro, da Universidade do Minho.

De acesso livre, em www.aindaestouaprender.com, a plataforma pretende ajudar os alunos “a atingirem níveis superiores de leitura”, como explicou hoje a investigadora Iolanda Ribeiro.

O projeto apresenta propostas de atividades para alunos do primeiro ciclo do ensino básico que tenham dificuldades na aprendizagem da leitura, mas também pode ser utilizado por professores, educadores, pais e encarregados de educação.

A plataforma serve ainda profissionais como psicólogos, terapeutas da fala, professores de educação especial e investigadores.

Iolanda Ribeiro recordou que o projeto foi criado com um baixo orçamento e que os dez mil euros do Prémio Ler+ serão canalizados para o pagamento do alojamento digital do projeto.

A plataforma foi construída no Centro de Investigação em Psicologia, com fundos nacionais e europeus, nomeadamente com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Para esta primeira edição do prémio, o PNL recebeu 60 candidaturas. O prémio é aberto a investigadores, agentes culturais, bibliotecas públicas, escolares ou do ensino superior, escolas, universidades, professores ou mediadores de leitura.

No regulamento lê-se que o objetivo deste prémio anual é “valorizar estudos ou projetos que contribuem para aumentar os hábitos e os índices de leitura da população, melhorar as competências e os níveis de literacia dos portugueses, promover o prazer e o gosto pela leitura e pela escrita”.

O PNL, criado em 2006 pelo Governo para melhorar os níveis de literacia e leitura dos portugueses, vive atualmente uma nova etapa, designando-se Plano Nacional de Leitura 2027, sendo comissariado por Teresa Calçada.

SS // MAG

Lusa/fim