PORTUGAL NO HORIZONTE

Correio da Manhã Canadá

Esta semana ficou marcada pela visita de António Costa ao Canadá. Uma visita curta, com agenda preenchida com algumas dúvidas no ar. As esperanças eram muitas, mas estas acabaram por ficar aquém das expectativas. A desinformação é a principal causa deste desapontamento. O objetivo da visita do primeiro-ministro de Portugal ao Canadá nunca foi a discussão da imigração no país, mas sim explorar as oportunidades destacadas no novo acordo do comércio livre que o Canadá assinou com a União Europeia (CETA).

Em prol dos mais jovens (entre os 18 e os 35 anos) foi assinado um acordo de mobilidade que permite a deslocação entre os dois países, para fins de estudo e/ou trabalho. O Partido Social Democrata terá interpelado o governo no poder, relativamente aos cidadãos indocumentados e ao mau funcionamento do consulado de Portugal em Toronto.

O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, considerou esta interpelação uma insensibilidade, adiantando que já estaria em curso um diálogo com o poder legislativo e com o ministro da imigração canadiana. Carneiro recusou ainda a degradação dos serviços consulares no país. Estas situações requerem uma resolução imediata por parte dos governantes portugueses, que não podem, nem devem esquecer os cidadãos deste lado do atlântico, uma vez que muitos têm poder de voto.

Em Portugal, e para terminar, na semana passada, José Sócrates abandonou o Partido Socialista, depois de críticas ao atual primeiro-ministro socialista, e de vários militantes do PS terem considerado uma vergonha e uma “desonra” relativamente às suspeitas de corrupção que recaem sobre o ex-primeiro ministro e Manuel Pinho, ex-ministro da economia. José Sócrates considera-se injustiçado, afirmando que já foi condenado sem julgamento.

O caso Marquês já fez correr muita tinta nos tribunais portugueses, e a cada dia que passa as provas divulgadas contra o ex-primeiro-ministro são cada vez mais incriminatórias.