Paulo Portas “matou” ontem a taxa de sustentabilidade que iria recair sobre os pensionistas, e que foi anunciada sexta-feira pelo primeiro-ministro, Passos Coelho. Trata-se de uma medida que o governo vai ter de negociar com a troika e que vale 436 milhões de euros (para além dos 420 milhões da Contribuição Extraordinária de Solidariedade).
É preciso convencer os nossos credores a aceitarem um recuo porque, apurou o CM, esta foi uma das medidas colocadas em cima da mesa pelos credores externos e aceite pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, mas que teve a discordância do ministro dos Negócios Estrangeiros.
Numa declaração ao País, Portas frisou que a nova taxa extra sobre os pensionistas é a “fronteira que não pode deixar passar”, adiantando que Passos Coelho sabia desta posição. O líder do CDS falou também do “incómodo” pelo aumento da idade de reforma para os 67 anos. A versão final foi os 66 anos. Explicou ainda que deu aval ao aumento de 35 para 40 horas semanais na Função Pública, bem como o aumento transitório de comparticipação na ADSE.