NEM SÓ DE FUTEBOL VIVE O HOMEM

Correio da Manhã Canadá

Já se iniciou época desportiva em Portugal com o jogo da Supertaça Cândido de Oliveira disputada a 4 de agosto entre o Futebol Clube do Porto e o Desportivo das Aves, que resultou na vitória da equipa azul e branca. O campeonato da Liga NOS arrancou no fim de semana passado com a vitória dos três grandes. Benfica, Porto e Sporting estão na corrida ao título, mas ataques à arbitragem já começaram por parte do Benfica ao jogo entre o Futebol Clube do Porto e o Chaves, que se disputou no sábado.

Ainda fora das quatro linhas, a polémica entre pagamentos por parte do Benfica a jogadores do Desportivo das Aves continua, e a saga Bruno de Carvalho parece não querer terminar no Sporting. Mas, nem só de futebol se vive e respira em Portugal. Nelson Évora sagrou-se este domingo, campeão da Europa em triplo salto depois de atingir a marca de 17,10 metros no quinto ensaio. Esta era a medalha que faltava ao atleta depois de já ser ter consagrado campeão mundial e olímpico.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não deixou de felicitar o atleta português e deixou uma mensagem onde destaca o “feito heroico que prestigia um fantástico atleta e prestigia Portugal”. A rivalidade entre clubes não se verificou no atletismo com o atleta do Benfica, também de triplo salto, Pedro Pablo Pichardo, de nacionalidade cubana, a representar Portugal desde 2017, a felicitar o campeão europeu, e a usar uma certa ironia ao escrever: “Sem a minha presença é fácil. Campeão!”

Mas esta não foi a única medalha para Portugal, mas sim a segunda de ouro nestes Europeus, depois de Inês Henriques ter arrecadado o primeiro lugar nos 50 quilómetros marcha. O desporto português cria sempre um pouco de saudade nos emigrantes espalhados por todo o mundo, e claro que estas vitórias servem para engrandecer Portugal, mas em cada um de nós, em cada pedaço por mais pequeno que seja de um rasto português, existe sempre um orgulho quando o nome de Portugal é elevado mais alto, e faz destaque nas manchetes internacionais.

Precisamos de mais Nelsons, mais Cristianos, e de todos nós, que de uma maneira, ou de outra, tentamos representar o nosso país com dignidade.