“MORREU COMO UM GRANDE HERÓI”

António Nuno Ferreira, de 45 anos, ficou queimado quando tentava proteger os colegas e o veículo de combate a incêndios, que foi completamente devorado pelas chamas, cujas causas se desconhecem
António Nuno Ferreira, de 45 anos, ficou queimado quando tentava proteger os colegas e o veículo de combate a incêndios, que foi completamente devorado pelas chamas, cujas causas se desconhecem
António Nuno Ferreira, de 45 anos, ficou queimado quando tentava proteger os colegas e o veículo de combate a incêndios, que foi completamente devorado pelas chamas, cujas causas se desconhecem
António Nuno Ferreira, de 45 anos, ficou queimado quando tentava proteger os colegas e o veículo de combate a incêndios, que foi completamente devorado pelas chamas, cujas causas se desconhecem

António Nuno Ferreira acabou por perder uma luta injusta. Depois de três dias a batalhar pela vida no Hospital da Prelada, no Porto, o bombeiro de Miranda do Douro não resistiu às graves queimaduras provocadas por um fogo traiçoeiro e morreu na madrugada de ontem. Os dois colegas também feridos no mesmo incêndio de quinta-feira, em Cicoro, naquele concelho, continuam internados na mesma Unidade de Queimados.
“Ele morreu como um verdadeiro herói, praticou um ato de coragem e deu a vida para salvar os outros”, contou ao CM um familiar próximo do bombeiro, muito emocionado pela tragédia que se abateu sobre a família e o corpo de bombeiros do qual fazia parte. “Neste momento difícil, estamos unidos para apoiar todos os que lhe eram próximos”, frisou. António Nuno Ferreira, operador de central nos bombeiros de Miranda do Douro, morreu a tentar salvar os colegas e o veículo de combate a incêndios durante um fogo, e na corporação todos o consideram um herói. Ainda foi ajudado por dezenas de populares, que o arrastaram para uma lagoa próxima, para tentar apagar as violentas chamas que lhe consumiam o corpo.
A notícia da morte do bombeiro chegou à cidade do distrito de Bragança ainda de madrugada e deixou em lágrimas familiares e amigos, que desde quinta-feira ansiavam por boas notícias, e não saíam de perto dos telefones. “Embora todos estivessem a par de que este poderia ser o desfecho, no fundo nunca acreditaram que ele viesse a morrer”, lamentou Luís Martins, comandante da corporação, que esteve sempre a acompanhar de perto o estado clínico dos três bombeiros queimados no incêndio, cujas causas ainda são desconhecidas.
António Ferreira, natural da freguesia de São Martinho de Angeira, em Miranda do Douro, deixa uma filha de 16 anos. O funeral deverá realizar-se amanhã de manhã, com a presença de centenas de bombeiros de todo o distrito de Bragança.
Ontem, muitos familiares de Daniel Falcão, de 25 anos, ainda internado, viajaram para o Porto para acompanhar a evolução clínica do jovem.