Maputo, 20 mar (Lusa) – As operações de socorro no centro de Moçambique preveem alimentar 400 mil pessoas e há provisões para três dias, mas são necessários reforços, disse hoje à Lusa, Cláudio Julaia, especialista de emergência da UNICEF.
“Segundo os números do Governo estamos a falar de uma planificação para 400 mil pessoas e temos alimentos assegurados, pelo menos, para os próximos dias”, referiu em entrevista, em Maputo.
“Pelo menos para 48 a 72 horas temos a situação assegurada”, acrescentou.
No entanto, “dependendo do tempo que estas populações vão ficar nos centros de trânsito, poderá haver necessidade de mobilizar mais recursos para dar assistência”.
A assistência está a ser preparada e os mantimentos estão a chegar “por via aérea e marítima”, à cidade da Beira, para depois serem distribuídos, sobretudo por helicópteros.
A representante do Programa Alimentar Mundial em Moçambique, Karin Manente, disse na terça-feira à Lusa que, depois do avião com 22 toneladas de alimentos aterrou no domingo “e há outro a caminho com mais 40 toneladas”.
Aguarda-se pelo descarregamento dentro de “dois a três dias”.
Para quem quer ajudar, a lista de necessidades tem víveres e abrigos como prioridades.
“Neste momento, o mais importante para apoiar a população são víveres e abrigo. Mas por falta de energia na cidade da Beira, recomenda-se que a alimentação não sejam bens perecíveis ou não haverá capacidade de os conservar”, acrescentou Cláudio Julaia.
Várias campanhas de solidariedade estão a decorrer dentro do país e no estrangeiro, tendo como destino a cidade da Beira.
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