VASCO NEVES
Viaturas clássicas terão sido adquiridas com lucro da venda de empresa ao Grupo BPN/SLN.
Ricardo Oliveira, empresário acusado em dois processos do ‘Caso BPN’, terá financiado a compra da sua coleção de carros clássicos com o lucro de 31,2 milhões de euros obtido com a venda da sociedade Brick and Sand, dona da Herdade da Miséria (Lagos), à Partinvest, entidade consolidada no Grupo BPN/SLN. A receita da venda das viaturas foi arrestada no domingo pelo Estado, através da Parvalorem, empresa pública que detém o crédito malparado do BPN.
Segundo a acusação do Ministério Público no processo 121/08, no dia 2 de maio de 2005 Ricardo Oliveira assinou com a Partinvest um contrato para a venda da Brick and Sand por 32,5 milhões de euros. No mesmo dia, segundo os autos desse processo, Ricardo Oliveira recebeu numa conta no BES mais de 32,5 milhões de euros. Eesta verba é, segundo garante fonte conhecedora do caso, o pagamento da comprada Brick and Sand.
Segundo os autos do processo, no dia 3 de maio de 2005 o empresário passou um cheque de 24 mil euros ao Auto-Museu da Maia. Quatro dias depois, Ricardo Oliveira passou mais um cheque ao Auto-Museu da Maia de 206 mil euros. Até ao final de janeiro de 2006, foram passados 48 cheques ao Auto-Museu da Maia, no total de 7,3 milhões de euros.