O Teatro Oficina, de Guimarães, estreia esta segunda-feira na sala experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB), em Almada, “Círculo de Transformação em Espelho”, um texto da dramaturga norte-americana Annie Baker, vencedora do prémio Pulitzer em 2014.
A versão portuguesa tem encenação de Marcos Barbosa, sendo que “Círculo de transformação em espelho”, de 2009, ganhou o Prémio Obie para melhor obra de teatro no ano seguinte e é a terceira das seis peças que se estreiam durante a 31.ª edição do Festival de Almada, a decorrer até 18 de julho.
A ação da peça decorre numa pequena cidade onde a abertura de um curso de teatro criativo para adultos desperta o interesse de um carpinteiro recém-divorciado, de uma estudante de liceu, de uma antiga atriz e do marido da professora.
À medida que os formandos praticam os exercícios teatrais, as atividades letivas vão dando lugar a dramas reais.
Interpretada por Alheli Guerreiro, André Júlio Teixeira, Diana Sá, Emílio Gomes e Teresa Coimbra, com tradução de Manuel Neto e cenografia de Ricardo Preto, a peça tem novas representações na terça e na quarta-feira, com duas sessões em cada dia.
Annie Baker é uma dramaturga nascida em Boston, em 1981, que em 2014 venceu o Prémio Pulitzer, com a peça “Flick” (2013).
O 31.ª Festival de Almada decorre em 12 diferentes espaços e dá um destaque especial ao “novíssimo teatro argentino”, integrando ainda espetáculos de rua, colóquios, concertos, sessões de cinema e tertúlias, num total de 139 sessões.
No programa constam ainda, amanhã, terça-feira o Trio Morabeza, depois Pakita Pouco, um projeto de fusão nascido em 2009 da cantora espanhola Irene Trascasa e dos músicos portugueses Rui Neves e Filipe Simões, Norberto Lobo (dia 12) e JP Simões (dia 18) constam da programação musical.
O Festival foi criado em 1984, pelo ator e encenador Joaquim Benite, fundador do Grupo de Teatro de Campolide, que viria a transferir para Almada, em 1978. Benite morreu a 04 de dezembro de 2012.