O Pentágono está a reposicionar meios navais no Mar Mediterrâneo, incluindo ‘destroyers’ com mísseis de cruzeiro
Os EUA preparam-se para uma intervenção militar na Síria na sequência do ataque com armas químicas nos arredores e Damasco, com o presidente Barack Obama a reunir-se com os conselheiros de segurança nacional para avaliar e definir todas as opções estratégicas.
Apesar de ainda não ter sido tomada qualquer decisão, sabe-se que os conselheiros de Obama propuseram o modelo utilizado na intervenção no Kosovo, em 1999, com bombardeamentos aéreos sem mandato da ONU. Na prática, a estratégia a adotar privilegiará ataques aéreos contra alvos seletivos, nomeadamente ‘bunkers’ e rampas de lançamento de mísseis com armas químicas. Preparando a intervenção contra o regime de Damasco, o Pentágono está já a reposicionar meios navais no Mediterrâneo. Trata-se de quatro navios de guerra da VI Frota, designadamente ‘destroyers’, dois dos quais equipados com mísseis de cruzeiro ‘Tomahawk’, que estão a postos para intervir.
Entretanto, chegou ontem à Síria a Alta Representante da ONU para o Desarmamento, Angela Kane. O seu objectivo é convencer o regime de Assada permitir o acesso de peritos da organização à zona do ataque com químico. Ontem, a TV estatal síria noticiou que soldados do regime encontraram agentes químicos em túneis utilizados por rebeldes nos arredores de Damasco, e que alguns chegaram mesmo a sufocar.
O massacre, alegadamente consumado por forças do regime de Bashar al-Assad, causou mais de mil mortos.