ENSINO – CORTES PREVISTOS PODEM IMPEDIR FUNCIONAMENTO DE UNIVERSIDADES

Início das aulas nas universidades está condicionado pela aprovação dos orçamentos, diz António Rendas, do CRUP (na foto)
Início das aulas nas universidades está condicionado pela aprovação dos orçamentos, diz António Rendas, do CRUP (na foto)
 Início das aulas nas universidades está condicionado pela aprovação dos orçamentos, diz António Rendas, do CRUP (na foto)

Início das aulas nas universidades está condicionado pela aprovação dos orçamentos, diz António Rendas, do CRUP (na foto)

O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, garante que as universidades podem não dispor de verbas suficientes para funcionar se o Governo voltar a aplicar cortes da mesma dimensão dos do ano passado.
“Aprendemos com a experiência e o ano passado começámos com cortes da ordem dos que estavam agora previstos, mas acabámos com um corte médio de nove por cento. Foi um suplício de Tântalo. Se querem aplicar cortes, digam de uma vez de quanto será para sabermos se podemos abrir o ano”, afirma ao Correio da Manhã António Rendas, o também reitor da Universidade Nova de Lisboa.
Questionado pelo CM se o ano letivo está em risco, António Rendas afirma: “Não sei se não estará em risco, teremos de avaliar. Se a redução orçamental for igual à do ano passado, não sei se teremos condições de funcionamento”.
Rendas sublinhou que as universidades precisam de saber rapidamente com o que contar “para poderem planear as suas atividades”.
O responsável revelou que tem uma reunião na terça-feira como ministro da Educação [Nuno Crato] e o secretário de Estado do Ensino Superior [José Ferreira Gomes], na qual espera ser informado sobre os orçamentos das universidades para 2014.
Governo e reitores pareciam ter já chegado a um entendimento para um corte na ordem dos 15 milhões de euros mas, na quinta-feira, o secretário de Estado do Ensino Superior afirmou que os orçamentos afinal não estavam fechados, devido ao chumbo do Tribunal
Constitucional aos despedimentos através da mobilidade especial.
Na sexta-feira passada, em entrevista ao Correio da Manhã, o ministro da Educação também garantira que o orçamento para o Ensino Superior estava fechado e tinha sido aceite pelas universidades.