ECLIPSE LUNAR

Correio da Manhã Canadá

Apesar dos milhares de quilómetros que separam o Canadá e Portugal, na noite de domingo quando se olhava para o céu era possível ver o mesmo fenómeno: a Super Lua Vermelha. Um eclipse lunar, como o da noite e madrugada de domingo, só se viu três vezes nos últimos 200 anos, e desta vez durou cerca de cinco horas e doze minutos.

Este fenómeno resultou da conjunção de três fenómenos lunares: a chegada da Lua ao perigeu, que é o ponto mais próximo que vai assumir ao longo do percurso à volta da Terra; a passagem da Lua pela zona mais escura da sombra terrestre; e a entrada do nosso satélite natural na fase de Lua Cheia. Daqui resulta uma Super Lua, que além de ser 14% maior e 30% mais brilhante também foi Vermelha, ou de Sangue, e a primeira Lua Cheia do ano, ou de Lobo.

A Super Lua Vermelha de Lobo apesar de ter acontecido numa noite fria e longa, não afastou os milhares de curiosos e apaixonados pela astronomia que apesar das temperaturas gélidas quiseram ver o único eclipse lunar do ano. Mais do que isso: foi também a única Lua Vermelha da década. Para ver outra como esta há que esperar até 26 de maio de 2021.

Só meio mundo pôde assistir ao eclipse da noite de domingo, descrito como único porque é apenas o terceiro com estas características a acontecer nos últimos dois séculos. Portugal esteve na rota no fenómeno, assim como todo o continente americano, incluindo o Canadá. Houve partes do mundo que puderam assistir ao eclipse parcial, mas não do primeiro ao último minuto como os portugueses e os canadianos.

No entanto, apesar de esta ser a última Lua Vermelha da década, não será a última Super Lua até aos anos 20. Nem sequer será a única de 2019. Haverá mais duas, uma a 19 de fevereiro e outra a 21 de março.