Datava 10 de junho de 1580 quando o mais famoso poeta português deu o último suspiro. Ostracizado em vida, à semelhança de tantos outros heróis, estava longe de sonhar que a Pátria da “ocidental praia Lusitana” viesse um dia a tornar a data da sua morte no DIA DE PORTUGAL.
Feriado em Portugal (regra geral, um bom dia de fazer praia), a data é assinalada por tudo o mundo, onde há um português ou um luso-descendente. A SAUDADE impera pela diáspora, onde as manifestações de portugalidade, muitas vezes superam as dos que ainda pisam a Pátria Lusitana. Veja-se Toronto, a cidade para, veste-se de vermelho e verde para ver desfilar Portugal na sua mais complexa diversidade, com os ouros das senhoras do Minho até às varinas de perna à mostra e pé descalço. É já este domingo, 9 de junho, que se realiza a PARADA DO DIA DE PORTUGAL, com sol ou com chuva lá estaremos a mostrar a uma das cidades mais multiculturais do mundo que o portugueses se orgulham das suas raízes, perpetuando as palavras do poeta “Cantando espalharei por toda parte, / Se a tanto me ajudar o engenho e arte.”
Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente das comunidades, vai comemorar a data junto dos que deixaram a pátria. De Portalegre parte para as terras quentes de Cabo Verde, com passagem pela Cidade da Praia e Mindelo. Um dia (talvez), se junte aos milhares que percorrem a Dundas em “Little Portugal” para uma Parada de “afetos”.