CANADÁ BEM CLASSIFICADO NO ESTUDO GLOBAL DE ACESSO AOS CUIDADOS DE SAÚDE

(spotmatik/shutterstock.com)
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O Canadá teve uma boa classificação num estudo global para avaliar a eficácia dos países com os seus sistemas de saúde para prevenir mortes evitáveis, mas o país ainda pode melhorar muito mais.

O primeiro Índice de acesso e qualidade aos cuidados de saúde, divulgado na sexta-feira, mede o acesso dos cidadãos a cuidados de saúde de qualidade, concentrando-se nas taxas de mortalidade de 32 doenças que geralmente são facilmente tratáveis. Essas doenças incluíram:
• várias formas de cancro tratável, como cancro testicular e da pele (não incluindo melanoma);
• doença cardíaca e diabetes;
• tuberculose e outras infeções respiratórias;
• doenças que podem ser prevenidas com vacinas (difteria, tosse convulsa, tétano e sarampo);
• distúrbios maternos e neonatais.

O estudo conclui que muitas pessoas morreram de causas com tratamentos bem conhecidos em 2015 – mesmo em países com economias desenvolvidas.

Os EUA tiveram resultados particularmente maus, com o país a ficar posicionado no 35º lugar do índice, apesar da robustez da economia, observou o Dr. Christopher Murray, o principal autor do estudo e diretor do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington.

O Canadá ficou em 17º, com uma pontuação de 88, a mesma pontuação que a Bélgica, França, Áustria e Irlanda.

O Canadá destacou-se na prevenção de óbitos por apendicite, tuberculose e doenças evitáveis através de vacina. Mas o país não esteve tão bem na prevenção de óbitos por linfoma de Hodgkin, cancro da pele (não melanoma) e infeções respiratórias inferiores.

A pequena nação europeia de Andorra, que obteve uma pontuação total de 95, conquistou o topo do ranking. Mas deve notar-se que a população de Andorra é de apenas 70 mil, menor que a maioria das cidades canadianas. A Islândia ficou em 2º lugar, mas há que notar que este país tem uma pequena população de 330 mil.

Entre as nações com mais de um milhão de cidadãos, as principais honras foram para a Suíça, seguida da Suécia e da Noruega.

Na parte inferior do índice havia vários países da África subsaariana, com a República Centro-Africana a sofrer os piores padrões de todos. Afeganistão, Haiti e Iémen também ficaram classificados entre os piores.

Ainda assim, os autores observam que vários países alcançaram progressos que ultrapassaram os níveis atingidos por outras nações de desenvolvimento semelhante. Estes incluem a Turquia, Peru, Coreia do Sul, Maldivas, Níger e Jordânia.

O estudo, que aparece em The Lancet, baseou-se em dados do Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors (GBD), um estudo anual que utiliza 2300 colaboradores em 132 países para quantificar a magnitude das mortes de todas as principais doenças e lesões.

O Índice de acesso e qualidade à saúde utilizou esses dados e focou-se no que um país deveria conseguir em termos de acesso a cuidados de saúde de qualidade, dado o seu nível de desenvolvimento.

Fonte: CTV News