BONS SINAIS NA EUROPA. RECESSÃO COM FIM À VISTA

Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque ainda não desistiram da nova tabela única remuneratória da Administração Pública
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Números do INE devem animar Passos Coelho e Maria Luís
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Não é o fim da crise, mas pode ser um sinal de que a economia já bateu no fundo. Após dois anos e meio em que trimestre após trimestre a riqueza produzida em Portugal diminuiu, as previsões para o segundo trimestre apontam para um ligeiro crescimento. O mesmo sinal positivo estende-se por toda a Europa, como deve ser hoje confirmado pelo Eurostat, o organismo responsável pelas estatísticas da União Europeia que deverá revelar um crescimento de 0,2% da economia no segundo trimestre de 2013.
Economistas de vários bancos como o JP Morgan ou Barclays são unânimes em falar de “numa viragem na perceção da evolução económica”. “Não esperamos um‘ boom’ na Europa, mas há uma mudança de sentimento que já se sente nos mercados e na economia mundial”, diz Joseph Lupton, economista chefe do JP Morgan. A mesma previsão é feita por uma pool de 19 economistas ouvidos pelo ‘Wall Street Journal’. Segundo este jornal, o crescimento no segundo trimestre é certo, mas existem muitas dúvidas de quea recuperação continue no terceiro trimestre do ano.
Um grupo de economistas sondado pela Bloomberg estima que o Instituto Nacional de Estatística (INE) possa anunciar hoje um crescimento do Produto Interno Bruto entre 0,3 por cento e 0,6 por cento de abril a junho. É a primeira vez que Portugal cresce após 10 trimestres consecutivos em recessão. Só no primeiro trimestre deste ano a queda da economia atingiu 4% em termos homólogos.
“A recuperação vai ser dolorosamente lenta. Ainda não estamos a abrir o champanhe”, defende à Bloomberg um analista. O FMI alerta para a “armadilha de crescimento lento” na Zona Euro, e para as preocupações que ainda existem com o setor financeiro.