BANCO DE MOÇAMBIQUE CONSIDERA QUE DÍVIDA PÚBLICA INTERNA “CONTINUA ELEVADA”

Lusa Maputo, 13 dez (Lusa) – O Banco de Moçambique considerou hoje que a dívida pública interna continua em níveis muito altos e que subsistem riscos associados à sua sustentabilidade, lê-se num comunicado do Comité de Política Monetária (CPMO). “A dívida pública interna continua elevada”, nota o banco central, referindo que, segundo informação de novembro, “o fluxo da dívida pública interna contraída com recurso a Bilhetes do Tesouro, Obrigações do Tesouro e adiantamentos do Banco de Moçambique aumentou”, desde a última reunião do CPMO, a 22 de outubro. Houve um incremento de 3.759 milhões de meticais (53 milhões de euros), passando o saldo para 112.016 milhões de meticais (1.602 milhões de euros), ou seja, “o equivalente a 12,8% do PIB”, detalha o documento. Os montantes “não tomam em consideração outros valores de dívida pública interna, tais como contratos mútuos e de locação financeira, assim como responsabilidades em mora”, acrescenta. A atenção à dívida pública interna surge no comunicado final da reunião de hoje em que o CPMO decidiu reduzir a taxa de juro de política monetária (taxa MIMO) em 75 pontos base para 14,25%. A decisão é justificada com “as condições atuais da economia moçambicana, que favorecem a projeção de uma inflação baixa e estável, em torno de um dígito, no curto e médio prazo”.  “Ainda assim, o CPMO observa que subsistem riscos associados à sustentabilidade da dívida pública, bem como às incertezas quanto à evolução dos preços dos bens administrados”, conclui.

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