A Amazónia está a arder enquanto o mundo assiste à tragédia como mero espectador, incapaz de impedir que a floresta essencial ao equilíbrio do aquecimento do planeta continue a diminuir de forma dramática e irreversível. De acordo com uma reportagem recente da CNN, a destruição da Amazónia aumentou em 85% este ano. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil (INPE) relata mais de 74.000 fogos na floresta tropical apenas neste ano. As estatísticas recolhidas demonstram que os anos de 2017 e 2018 conheceram uma diminuição acentuada de fogos em relação ao ano de 2016, que teve um número equivalente àqueles que testemunhamos em 2019. Isto significa que a floresta arde de forma significativa já há anos, enquanto o mundo assiste, impávido e sereno. Porém, os principais líderes mundiais parecem ter acordado para esta catástrofe, enquanto o governo brasileiro de Bolsonaro parecia desnorteado. A cantora Madonna reclamou, Leonardo Di Caprio e Cristiano Ronaldo também se posicionaram nas redes sociais. Até o Papa Francisco interferiu pedindo ajuda à floresta em chamas. Foi preciso que o presidente francês Emmanuel Macron endurecesse o tom e durante a recente cimeira do G7 liderasse uma mobilização para ações efetivas. Foi anunciada a ajuda de 20 milhões de euros que serão maioritariamente utilizados para o envio de aviões Canadair e para o reflorestamento da Amazónia. O Primeiro-Ministro do Canadá, Justin Trudeau, na mesma cimeira, anunciou também a contribuição de 15 milhões de dólares canadianos acrescidos do envio de aeronaves para o transporte de água. Estas medidas podem ser sinal importante para reverter esta situação alarmante.