Moçambique: fome, miséria e um tufão

Correio da Manhã Canadá

O “irmão” Moçambique está de luto. O ciclone que atingiu o país na última semana deixou um rasto de destruição imensurável, num Moçambique que já apresentava graves problemas como a fome, a falta de acesso a água potável, a falta de infraestruturas, além de outros problemas sociais e económicos. O número de mortos já ultrapassou as quatro centenas e não pára de aumentar.

O fenómeno natural deixou mortos também no Zimbábue e no Malaui, também eles numa África rica em ouro, diamantes, petróleo e… miséria.

O ciclone Idai passou pela cidade da Beira, com ventos que atingiram os 170km/h e levaram consigo a vida e a esperança de muitos portugueses e moçambicanos.

Os que sobreviveram enfrentam agora outros problemas, como a possibilidade da propagação de epidemias.

A catástrofe não passou indiferente aos olhos do mundo, que desviou por um momento a atenção do Brexit e do caso SNC-Lavalin para ajudar uma nação em sofrimento, onde, segundo a UNICEF pelo menos um milhão de crianças foram afetadas.

Várias organizações estão a canalizar fundos para fornecer alimentos, medicamentos, abrigo e água às populações das zonas atingidas.

O Canadá anunciou uma ajuda de 3,5 milhões de dólares. Já Portugal enviou militares para auxiliar no resgate das vítimas e uma equipa multidisciplinar de resposta rápida a catástrofe.

O Correio da Manhã doou 5% das receitas dos jornais do fim de semana.

Moçambique é uma nação que chora, não é possível ficar indiferente.